quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Geobiologia

No início do século XX alguns médicos europeus começaram suspeitar através de suas observações que havia uma relação bastante direta entre certas casas e as doenças que seus moradores estavam acometidos. Observavam que independente de quem fosse o morador de um determinado edifício este em matéria de um ano apresentava manifestações de câncer e vinha rapidamente a falecer. Os novos moradores após um período igual de tempo apresentavam os mesmos sintomas e desenvolviam patologias semelhantes.

Procurando uma versão mais científica do que poderia estar acontecendo, e deixando de lado grande parte das crenças regionais que atribuíam os malefícios da casa a espíritos dos antigos moradores, ou causas sobrenaturais, estes investigadores passaram a vasculhar tais moradias e identificar o que nelas havia de diferente, que as tornava assim tão nefastamente especiais.

Não tardou muito para que os médicos se vissem defrontados com uma idéia, embora um pouco difícil de aceitar, de que o problema vinha do subsolo. Esta idéia obviamente vinha dos Zahorís e Radiestesistas da época, pessoas que dentre outras coisas, buscavam locais adequados para perfuração de poços e que apregoavam que não era saudável viver sobre um leito subterrâneo de água.

Embora a idéia parecesse um pouco estranha muitos destes pesquisadores, notadamente os doutores Hartmann, Von Pohl e Curry, resolveram testar a veracidade destes conhecimentos, e uma série de experimentos foram elaborados, um dos mais utilizados era composto da seguinte metodologia: pedia-se que um ou mais zahorís desenhassem sobre o mapa da cidade o curso dos veios subterrâneos de água e das falhas geológicas que eles eram capazes de detectar com seus corpos e varetas. Do outro lado sem que houvesse troca de informação era pedido aos médicos da cidade que marcassem sobre um segundo mapa da cidade os quartos das pessoas acometidas de graves doenças ao longo de vários anos, de acordo com os registros do hospital local. Por último eram sobrepostos um mapa ao outro e na imensa maioria dos casos a localização do enfermo correspondia com o posicionamento dos eventos subterrâneos.

A coincidência era extrema para fosse tida apenas como tal e a partir da década de 20 inúmeros experimentos mais científicos foram feitos descobrindo-se que realmente sobre os veios de água e falhas subterrâneas havia uma perturbação da atmosfera que podia ser medida como uma diferença no potencial iônico ou elétrico do ar. Outros pesquisadores foram além e descobriram existia também outras influências além do subsolo. Identificaram que existiam linhas de força bastante específicas que compunham o campo magnético terrestre e que o ponto onde estas linhas se cruzavam era um local de extrema atividade de radiação telúrica, sendo a possível causa de diversos males associados à partes do corpo que por ventura ficassem expostas a estes pontos por longos períodos de tempo. Mais pesquisas se realizaram e comprovou-se um verdadeira malha energética sobre o planeta, e que a resistência elétrica cutânea aumentava sensivelmente quando uma pessoa era colocada sobre os ditos cruzamentos.

Foi catalogado a relação entre cada doença e seu agende externo causador ou catalisador e assim estavam lançadas as bases da Geobiologia, e é claro que isto só foi possível devido as condições da época, onde os médicos tinham um contato maior com seus pacientes, conheciam suas casas e possuíam um espírito investigativo que saia do consultório e dos laboratórios e se expandia para o mundo real.

Mas o senso de observação destes pesquisadores não parou por aí e se estendendo além dos fatores naturais de desequilíbrio ambiental, e conseqüente desequilíbrio individual, observaram também que certas formas eram mais relativas e propícias à vida do que outras, o círculo, a elipse, a espiral eram formas corriqueiras na natureza, já as arestas agudas, formas rígidas e quadradas eram de certo modo raras. Observaram também que quando estas formas eram traduzidas pela arquitetura em casas e edificações o bem-estar de seus usuários também estava relacionado com o formato da construção, seu equilíbrio de proporções e medidas.

Tudo bastante interessante, mas na realidade não havia nada de novo em todo este frenesi que se deu na primeira metade do século passado. As correntes telúricas e suas linhas de força eram conhecimento comum dos druidas da antiguidade e mesmo dos radiestesistas e Zahorís daquela época, o conhecimento das formas foi mais do que utilizado pelos Mestres de Obra da idade média, do período Gótico e Românico de construções. A escolha do melhor lugar para se viver ou descansar era uma técnica bastante apurada dos antigos Romanos que elegiam o local de suas cidades após um ano de observação do estado de saúdo dos animais que ali pastavam, e também povos nômades esperavam seus animais buscarem um local de descanso adequado para então erigir suas tendas e gozar de um relaxamento repousante em preparação para as duras caminhadas do dia seguinte. Os chineses com toda sua sofisticação e observação criteriosa da natureza durante milênios desenvolveram uma arte refinada de equilibrar as energias do lar, conhecida como Feng-Shui; os Indianos possuem também sua maneira de otimizar os fluxos ambientais através do Vaastu Shastra. Tudo o que aconteceu é que após o Renascimento, o Iluminismo trouxe um obscurecimento das percepções humanas. Sensações, bem estar, harmonia, energia, todos estes viraram conceitos muito vagos para uma sociedade racional que necessitava tocar e medir tudo para que se considerasse como existente. As coisas passaram a ser dissecadas e vistas fora de seu contexto, como itens isolados, numa visão de que o mundo é composto de partes separadas colocadas em conjunto por um acaso inexplicável, indo contra a própria base da existência da vida, que não pode acontecer sem uma conjução de inúmeros fatores. A interação entre as pessoas e seu meio ambiente deixou de ser valorizada e os reflexos desta ruptura podem ser vistos nos dias de hoje tanto na comunidade científica que não consegue integrar seus conhecimentos quanto na sociedade onde a cada dia mais crescem os estados psicóticos, depressivos, suicidas e outras deturpações pelo imenso abismo existente entre o mundo externo e o íntimo das pessoas.

Em seguida a Geobiologia já conhecida como tal passa a se interessar por outras formas de contaminação à saúde humana, como radiações cósmicas, gases emanados do solo e como não poderia deixar ser ela começa a se preocupar com o efeito colateral da explosão tecnológica que vivemos nos últimos anos e que hoje é seu maior campo de pesquisa, ou seja, determinar quais são os custos, além dos monetários, que estamos pagando com nossa saúde pelo “conforto” advindo dos novos aparelhos e usos da eletricidade e das radiações. Nenhum geobiólogo que se preze é contra a modernização, ou contra a tecnologia. É inegável o avanço e as benécies de sua utilização, e mesmo a Geobiologia não existiria como ciência sem que houvesse estas facilidade tão reais e tão apregoadas pela mídia. O que se está em busca porém é de um modo em que esta tecnologia não traga danos à saúde do modo como vêm fazendo e não é veiculado ou informado à população usuária.

Fonte: Texto tirado do site http://www.gustavocarvalho.com.br/800/geobiologia.html, em 26 Ago 09, às 09h01min

que foi retirado do capítulo 2 do livro Geobiologia a Arte de Bem Sentir de Allan Lopes Pires e Juan Saez, editora Triom.

É um ótimo livro para quem quer entender e saber mais sobre geobiologia e formas de equilibrar as energias da sua casa ou empresa.

2 comentários:

  1. Oi Andrea,
    Esse texto foi retirado do segundo capítulo do livro "Geobiologia - A Arte do Bem Sentir", do Allan e do Juan.
    http://www.terapiadeambientes.com/loja-livro-geobiologia.html
    Melhor corrigir a referência.
    Beijos,
    Aline

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  2. Obrigada Aline!
    Já coloquei a referência.
    Pena que no site que copiei não tinham colocado a referência também.
    O livro é muito bom!! Eu tenho!
    Pena que eu não tenha percebido que tinha sido uma cópia (sem referência ao texto original).
    Bjs!
    Andrea

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